
Um heliponto no topo de um edifício é um símbolo de status, agilidade e modernidade. Mas, para além da vista impressionante, ele representa um dos maiores desafios de engenharia de segurança contra incêndio. Operar uma aeronave carregada de combustível a dezenas de metros de altura exige um nível de proteção impecável.
No Distrito Federal, as regras para o projeto e a segurança dessas estruturas são ditadas pela Norma Técnica N° 31/2024 do CBMDF. Esta não é uma norma comum; ela trata de um risco específico e elevado, onde um acidente pode ter consequências catastróficas.
Vamos pousar nos pontos mais importantes desta norma e entender por que a aprovação de um heliponto passa, obrigatoriamente, por uma engenharia de alta performance.
Heliponto Elevado: Um Desafio de Engenharia Único
Um acidente com um helicóptero no topo de um prédio envolve riscos múltiplos:
- Incêndio de Combustível: Vazamento e ignição de querosene de aviação.
- Impacto Estrutural: Danos à estrutura do próprio edifício.
- Dificuldade de Acesso: Os bombeiros precisam de meios para chegar rapidamente ao topo do prédio.
- Evacuação Vertical: As rotas de fuga do prédio precisam estar protegidas.
A NT 31/2024 foi projetada para mitigar todos esses riscos, com um foco especial nos helipontos elevados.
Pilares da Segurança na NT 31/2024
Um projeto de heliponto em conformidade com o CBMDF precisa ser impecável em três áreas principais:
1. A Estrutura (Proteção Passiva)
A base de tudo é a construção. A norma é clara:
- Material Incombustível: Toda a estrutura da área de pouso e decolagem deve ser construída com materiais incombustíveis, para não alimentar o fogo em caso de acidente.
- Sistema de Drenagem Especial: O piso do heliponto deve ter um sistema de drenagem independente do sistema pluvial do prédio. O objetivo é capturar rapidamente qualquer vazamento de combustível, separá-lo da água e evitar que ele se espalhe pela edificação.
2. A Prevenção de Incêndios
Evitar que o fogo comece é a prioridade. As medidas incluem:
- Proibição de Fumar: É proibido fumar em um raio de 15 metros da área de pouso.
- Avisos de Segurança: Devem ser instalados avisos claros sobre os perigos, especialmente em relação ao rotor de cauda do helicóptero.
- Armazenamento de Combustível: É expressamente proibido o armazenamento de combustível em helipontos elevados.
3. O Combate ao Incêndio (Proteção Ativa)
Se um acidente acontecer, a resposta precisa ser imediata e poderosa. A norma exige um arsenal específico de equipamentos, dimensionado conforme o porte do maior helicóptero que operará no local:
- Extintores Portáteis e Sobre Rodas: A quantidade e o tipo são definidos em uma tabela específica da norma. É obrigatório o uso de extintores de pó químico compatíveis com espuma, para combater incêndios de líquidos inflamáveis.
- Pessoal Treinado: Pelo menos dois membros da equipe de solo devem ter treinamento de Brigada de Incêndio (NT 07) e dispor de EPIs completos para combate a fogo e salvamento.
- Ferramentas de Arrombamento: O local deve dispor de um kit com ferramentas para resgate em caso de acidente com a aeronave.
- Acesso para os Bombeiros: O prédio deve garantir um acesso rápido e desimpedido para as equipes do CBMDF até o heliponto, com portas corta-fogo (PCF P-90) no caminho.
Arghon Engenharia: Projetando Segurança do Solo às Alturas
Um heliponto não é um anexo, é uma infraestrutura complexa que impacta toda a segurança do edifício. Seu projeto exige uma integração perfeita entre engenharia estrutural, hidráulica e de segurança contra incêndio.
A equipe da Arghon Engenharia possui a expertise necessária para desenvolver projetos de helipontos que atendem a todas as rigorosas exigências da NT 31/2024 e das normas da Aeronáutica. Nós planejamos cada detalhe, desde o sistema de drenagem de combustível até o dimensionamento dos equipamentos de combate, garantindo um projeto seguro, funcional e aprovado.
Planejando incluir um heliponto em seu empreendimento? Voe alto com segurança.